26 junho 2013

Paris – Já é possível trocar reais por euros em casas de câmbio e falar português pela cidade

Nunca foi tão fácil se comunicar em português em na "cidade luz". Com um número recorde de brasileiros em férias em Paris o português está presente em grandes lojas, muitos restaurantes e cafés têm cardápios traduzidos e mesmo hotéis de categoria turística mantêm funcionários capazes de se comunicar no idioma.

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O célebre hotel Lutetia, no bairro de Saint-Germain-des-Prés, mantém um site com informações em português.

Outro retrato dos novos tempos é a disponibilidade das casas de câmbio da cidade de aceitarem reais. A taxa média, contudo, costuma ser bem acima da cotação official.

Em 2012, 630 mil brasileiros visitaram a cidade - 40 mil a mais do que no ano anterior. Para o governo francês, países emergentes - como Brasil e China - são o principal mercado em expansão para atrair visitantes.

Mimar visitantes brasileiros é um bom negócio. Em 2012, eles deixaram US$ 1 bilhão (cerca de R$ 2 bilhões) durante férias na França - um recorde, segundo a Atout France (versão francesa da Embratur).
Segundo Jean-Philippe Pérol, diretor para as Américas do órgão, o perfil do turista brasileiro hoje é predominantemente de classe média e, muitas vezes, só domina mesmo o português.

O valor gasto pelos brasileiros em férias supera as receitas obtidas pela França com vinhos, perfumes, helicópteros ou qualquer outro produto isolado da pauta de exportações para o Brasil.

Embora ocupem apenas a 11ª colocação no ranking dos visitantes estrangeiros, os brasileiros gastam, em média, US$ 200 por dia em Paris - só ficando atrás de americanos, chineses e japoneses.

"O chinês economiza no hotel e na alimentação, mas não poupa nas compras. Americanos e brasileiros ficam em hotéis confortáveis, comem em bons restaurantes e também compram bem", explica Pérol.

Cadeias importantes de varejo francês - como as Galeries Lafayette e a Printemps - perceberam o fenômeno e incorporaram às suas políticas a contratação de funcionários brasileiros, portugueses ou franceses bilíngues.

Ao lado das compras, a cultura e os monumentos históricos de Paris exercem um fascínio que leva à cidade 16 milhões de turistas por ano.

É impossível passar pela Torre Eiffel ou pela Catedral de Notre Dame sem encontrar grupos ou famílias de brasileiros tirando fotos.

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Catedral de Notre Dame


O Louvre, o maior museu da França, registrou um salto de 146% no número de visitantes brasileiros em cinco anos (370 mil em 2012).

Diferentemente de museus como o MoMA de Nova York, o Louvre ainda não oferece a versão de áudio em português da visita guiada às suas 35 mil obras.

Em tempos de austeridade, ainda não há data para realizar a tradução do áudio sobre o acervo. Mas, segundo a direção do museu, houve aumento da tiragem dos folhetos explicativos em português.

Algumas agências oferecem passeios pela cidade com guias que falam português.


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