Uma das principais atrações turísticas da África, as
Cataratas Vitória ou Victoria Falls localizam-se no rio Zambezi, na fronteira
entre a Zâmbia (Parque Nacional Mosi-Oa-Tunya) e o Zimbábue (Victoria FallsNational Park). São chamadas de Mosi-oa-Tunya ("fumaça que troveja")
pelos nativos.
No alto da foto está Zambia e no de baixo, Zimbábue |
O Parque Nacional das Cataratas Vitória, no Zimbábue, com
2340 ha, foi declarado em 1972, mas a conservação deste monumento natural tinha
sido oficialmente iniciada pelas autoridades coloniais em 1934. Existem seis Monumentos
Nacionais dentro do parque, incluindo as cataratas. Em conjunto com o Parque
Nacional de Mosi-oa-Tunya na Zâmbia, estes parques foram inscritos pela UNESCO
em 1989 na lista dos locais que são Património da Humanidade.
As Cataratas Vitória são a parte mais espetacular do curso
do rio Zambeze - a maior queda de água do mundo, com uma extensão de 1708 m e
uma altura de 108 m. Abaixo das cataratas, o rio entra numa série de sete
gargantas, que representam os locais onde as quedas de água se situavam ao
longo da sua história, que se pensa ter começado há cerca de 2 milhões de anos
com a elevação da área conhecida como “Makgadikgadi Pan”. A Catarata do Diabo,
no Zimbábue pode ser o embrião duma nova catarata que eventualmente poderá
deixar a borda atual da existente num ponto mais alto que atualmente, em
relação ao curso inferior do rio.
Após as cataratas, as águas do rio Zambezi descem para o
Lago Kariba (não há relação direta entre as Cataratas Vitória e o Lago Vitória,na África).
Lago Kariba |
As cataratas podem ser conhecidas de maneiras diferentes. No
Zimbábue, as cataratas são vistas à distância a partir de uma garganta em um
parque de floresta tropical criado pela densa névoa exalada pela água que tomba.
O lado da Zâmbia propicia um contato mais próximo com as cataratas. Aqui os
visitantes podem chegar até a beira, onde o caudaloso rio Zambezi arremete
contra a margem, ou andar por trilhas e passarelas enevoadas para ter uma
experiência de imersão quase completa.
Embora a reputação do Zimbábue ultimamente não seja das melhores, a cidade de Victoria Falls prospera independentemente dos tumultos do país. Repleta de hotéis, pousadas, restaurantes de carne, cassinos e agências de turismo, recebe muito bem os turistas. Tendo chegado ao fundo do poço há algumas décadas, a Zâmbia agora colhe os frutos de suas reformas políticas - e da queda do Zimbábue - na forma de uma florescente cena turística. Do lado da Zâmbia, só há um hotel 5 estrelas e um pequeno parque nacional perto das cataratas, mas existe um número crescente de empresas ligadas a turismo na cidade de Livingstone, a 11km.
Vista a partir de Zâmbia |
Embora a reputação do Zimbábue ultimamente não seja das melhores, a cidade de Victoria Falls prospera independentemente dos tumultos do país. Repleta de hotéis, pousadas, restaurantes de carne, cassinos e agências de turismo, recebe muito bem os turistas. Tendo chegado ao fundo do poço há algumas décadas, a Zâmbia agora colhe os frutos de suas reformas políticas - e da queda do Zimbábue - na forma de uma florescente cena turística. Do lado da Zâmbia, só há um hotel 5 estrelas e um pequeno parque nacional perto das cataratas, mas existe um número crescente de empresas ligadas a turismo na cidade de Livingstone, a 11km.
Além das cataratas, há muito que ver. Fique ensopado fazendo
rafting nas gargantas ou faça um vôo de ultraleve na névoa. Faça bungee-jump na
ponte ou ande de barco no rio infestado de hipopótamos e crocodilos. Fotografe
elefantes, leões e antílopes durante um safári a cavalo ou escale as rochas nas
gargantas.
A “Piscina do Diabo” é o nome de um belo laguinho onde os
visitantes podem se refrescar e ver a queda d’agua de cima pela borda das
cataratas a 108 metros de altura. Para desfrutar dessa piscina natural vá no período de setembro a dezembro, quando a vazão é menor.
A vegetação predominante no parque é a floresta-de-mopane
com pequenas áreas de “miombo”, mas com uma faixa de floresta tropical ao longo
do Zambeze, a mais importante e vulnerável é a que se desenvolveu na zona onde
as cataratas lançam a água, que é um frágil ecossistema descontínuo em areia
aluvial. Aqui se encontram espécies de árvores que são consideradas “madeira
preciosa”, como o pau-preto ou “ébano africano”, o “jambirre”, Afzelia
quanzensis, além de outras espécies típicas da Flora Zambezíaca.
Grandes manadas de elefantes habitam o parque, por vezes
atravessando o rio para as ilhas e indo até a Zâmbia durante a estação seca,
quando o nível da água no rio é mais baixo. Encontram-se também pequenas
manadas de búfalos, zebras, porcos-do-mato, girafas e grupos de hipopótamos,
que são frequentes acima das cataratas.
Foram encontrados perto das cataratas artefatos de pedra
atribuídos ao Homo habilis de há 3 milhões de anos, assim como outros instrumentos
indicando a ocupação da área durante o Pleistoceno médio (de há cerca de 50 mil
anos), assim como armas, ornamentos e enxadas indicando a presença de caçadores
do Neolítico (desde 10 mil até 2000 anos atrás), que foram substituídos há
cerca de 2000 anos por povos agricultores usando instrumentos de ferro, que
tinham gado e viviam em aldeias fortificadas (os Bantu).
A estrada de ferro que liga Livingstone e Kazungula passa
por dentro do parque e por cima das cataratas, num espetáculo único. Numa
carruagem sobre esta ponte foi assinado um acordo histórico.
Planeje sua viagem
O lado do Zimbábue tem mais opções de hospedagem e passeios
do que o da Zâmbia, e isso se reflete no itinerário sugerido abaixo. Cinco dias
nas cataratas permitem inclusive outras atividades a sua escolha, a exemplo de
um safári.
1º dia - Explore a cidade de Victoria Falls
(Zimbábue), onde você pode comprar curiosidades baratas. Ao andar no parque
florestal ao longo da garganta, você tem vistas amplas das cataratas. O melhor
mirante é o Cataract View.
2º - Vá para o lado da Zâmbia, onde o ritmo é
mais calmo. Explore bem a área das cataratas, seguindo uma das trilhas
enevoadas, e chegue bem perto das quedas d´água. Por perto fica Livingstone,
onde você pode visitar o National Museum.
3º dia - Molhe-se dos pés à cabeça fazendo
rafting nas gargantas do Zambezi, abaixo das cataratas. O passeio começa no
lado da Zâmbia e propicia vistas melhores das cataratas. Ou pegue um táxi para
Makuni. Essa aldeia, a 18 km de Livingstone, abriga perto de 7 mil habitantes
do povo leya, e você pode observar o modo de vida deles. A pequena taxa de
entrada é revertida para projetos comunitários.
4º dia - Reserve o dia para duas ou três
atividades que proporcionam muita "adrenalina", a exemplo de ultraleve,
rappel, bungee-jump ou canoagem no rio Zambezi. Opções menos radicais são o vôo
de asa-delta "Flight of the Angels" e o passeio de barco no Zambezi.
5º dia - No último dia, faça um safári a cavalo
ou motorizado para ver os animais do Zambezi National Park, no lado do
Zimbábue, ou os do Mosi-oa-Tunya National Park no lado da Zâmbia.
Dicas
- Aproveite
os vistos grátis que a Zâmbia oferece para quem reserva hotéis e
atividades com antecedência no país.
- Não
se aproxime dos animais nas trilhas de floresta perto das cataratas. Os
babuínos, em especial, podem ser agressivos.
- Não
nade no rio Zambezi acima das cataratas, a menos que queira ficar lado a
lado com um crocodilo.
- Não
negocie com cambistas de rua. Quem o faz acaba com duas cédulas legítimas
envolvendo outras falsas, de jornal.
Como chegar
Vôos internacionais pousam nos aeroportos de Victoria Falls
e Livingstone. Há vôos diários da África do Sul e de outros países vizinhos.
Como circular
Ônibus e táxis levam a ambos os aeroportos. Táxis dos dois
lados das cataratas levam aos postos de fronteira, mas o trecho entre os postos
é feito a pé ou em outro táxi.
Clima
Em maio o clima é quente e ensolarado. O nível alto da água
propicia vistas excelentes das cataratas.
Hospedagem
O histórico Victoria Falls Hotel, no Zimbábue, tem quartos
duplos a partir de US$ 400.
O Natural Mystic Lodge, na Zâmbia, tem quartos duplos a
partir de US$ 150.
O luxuoso Tongabezi Lodge, na Zâmbia, tem quartos duplos a
partir de US$ 800, com refeições.
Alimentação
Há locais para comer e restaurantes especializados em carne
dos dois lados. Uma opção ao ar livre é The Boma, no Victoria Falls Safari
Lodge.
Despesas diárias para duas pessoas
Entre US$ 500 e 800, incluindo hospedagem, alimentação e
excursões.
Informações adicionais para sua viajem
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