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15 maio 2013

Cataratas Multnomah, Oregon, EUA


As Cataratas Multnomah estão no estado do Oregon, ao lado da Columbia River Gorge, a leste de Troutdale, entre Corbett e Dodson. 


Cataratas Multnomah, Oregon


Elas caem em duas grandes etapas, divididas em uma parte superior de 165 metros e uma menor de 21 metros, com uma diferença de 3 metros na elevação entre as duas etapas, de modo que a altura total da catarata é de 189 metros.

Multnomah é a mais alta queda de água do estado de Oregon. 

As nascentes subterrâneas da Montanha Larch são a fonte de toda a água das cataratas, aumentada pelo escoamento de neve da montanha na primavera e a água da chuva durante as outras estações.


Cataratas Multnomah, Oregon


A Ponte de Benson com 45 metros de comprimento e localizada estrategicamente entre as duas quedas, é o local perfeito para ter a melhor visão das Cataratas. Outra atração é a trilha Multnomah que leva até o topo da queda d’água.

Na base das quedas localiza-se o histórico Multnomah Falls Lodge, construído em 1925. 


Veja também: 

Catarata Ban Gioc –Detian

02 maio 2013

Trilha das Lágrimas, um capítulo vergonhoso da história dos EUA


Após a Guerrade 1812, com o fim da aliança entre os britânicos e os nativos americanos a leste do Rio Mississippi, assentadores brancos tornaram-se mais determinados a colonizar terras indígenas além do Mississippi.
Na década de 1830, o governo federal deportou forçadamente tribos nativas americanas do Sul do país para regiões menos férteis no Oeste. Durante a metade do século XIX, esta tendência de obrigar os nativos americanos a mudar-se de terras consideradas "valiosas" pelo governo federal, para regiões mais isoladas, continuou a ser implementada pelo governo federal.


Parque Estadual Trail of Tears (Trilha das Lágrimas) de Missouri era o local onde o nativos
em deslocamento passavam o inverno - Imagem UOL Viagem

Em 1830 o Congresso americano aprovou o Ato de Remoção Indígena, que autorizava o Presidente americano a negociar tratados que trocavam terras indígenas nos Estados do Leste americano por terras a oeste do Rio Mississippi. Em 1834, um território voltado especialmente para a alocação de diferentes grupos indígenas do Leste americano, foi criado. Este território, o Território Indígena, é o atual Estado americano de Oklahoma. No total, tribos nativas americanas assinaram 94 tratados cedendo milhares de quilômetros quadrados de terras ao governo dos Estados Unidos e do dia para a noite, milhares de homens e mulheres, das mais diferentes idades e culturas, se viram obrigados a realizar um deslocamento de mais de 1.500 quilômetros rumo a um futuro completamente incerto.
Entre o começo do século XVIII e os primeiros anos do XX, praticamente toda a posse das terras dos Estados Unidos foi transferida dos Índios para os brancos. Esse processo, ao longo da história, foi compreendido de duas formas: a primeira pressupõe que essa mudança se deu a partir de transações consensuais; a outra atribui o trâmite a uma conquista violenta. Entre 1828 e 1838, mais de 80 mil indígenas foram removidos do Leste para o Oeste.
A Trilha ou Caminho das Lágrimas foi o nome dado pelos nativos às viagens de recolocações ou migrações forçadas.

A referência à "Trilha das Lágrimas" foi retirada de uma mera entrevista, concedida por um dos chefes indígenas da tribo dos Choctaw ao jornal "Arkansas Gazette". A expressão entrou, vergonhosamente, para a história dos EUA, quando o “pele vermelha”, ao ser questionado sobre o processo de remoção de seu povo para a região de Little Rock, em conformidade à política imposta pelo governo norte-americano, respondeu que o deslocamento havia sido uma “trilha de lágrimas e morte”.

É sabido que o processo de expansão territorial dos Estados Unidos, especialmente o período correspondente à conquista do Oeste, no século XIX, foi marcado pela grande violência sofrida por populações indígenas que habitavam as regiões cobiçadas pelos brancos. Nesse contexto, a trilha a que o chefe Choctaw se referiu foi apenas um dos atos de extrema crueldade impingidos pelo governo federal, em nome da “democracia” desejada por aqueles que se consideravam superiores e com autoridade para cometer tais atrocidades.


Trilha das Lágrimas, índios Choctaw, EUA
Pintura Loisiana Indians Walking Alone a Bayou de Alfred Boisseau de 1846,
faz referência a remoção dos Choctaw - Imagem wikipedia

Foi um sofrimento brutal para os nativos e vários morreram durante as viagens e acampamentos. Estima-se que, da tribo Cherokee que tinha uma população de 15.000, vieram a falecer cerca de 4.000 índios.

Os Cherokees, tinham por direito a propriedade de terras no oeste da Carolina do Norte e da Geórgia devido a um tratado estabelecido em 1791, mas foram expulsos de suas terras quando uma facção Cherokee assinou o Tratado de New Echota, um ato que autorizava oficialmente a mudança forçada de todos os índios na região para terras no Oeste. Apesar de protestos dos Cherokee e de vários americanos brancos que suportavam os indígenas, eles foram forçados a realizarem a longa e cruel viagem em direção ao Território Indígena em 1838.


Imagem Tex Willer Blog

Centenas de escravos e afro-americanos libertos que viviam com os índios foram obrigados a acompanhá-los nas remoções pela Trilha.
Em 1830, as nações Cherokee, Chickasaw, Choctaw, Creek e Seminole, chamada por alguns de "As Cinco Tribos Civilizadas", viviam com autonomia política e deveriam ser considerados americanos do sul. O processo de "transformação cultural" proposto por George Washington e Henry Knox, já ocorria com muita força, principalmente entre os Cherokees e os Choctaw.


Trilha das Lágrimas, EUA
Representação de nativos das cinco tribos indígenas civilizadas
Imagem wikipedia

Andrew Jackson foi o primeiro presidente americano a de fato implementar uma mudança desse tipo com a aprovação da Lei de 1830, o "Indian Removal Act". Em 1831 a tribo Choctaw inaugurou a remoção e com isso foi criado o modelo aplicado às demais. Depois dos Choctaw foi a vez dos Seminole (1832), dos Creeks (1834), Chickasaw (1837) e finalmente os Cherokee (1838).

Trilha das Lágrimas, EUA
As rotas seguidas pelas tribos durante as remoções
Imagem wikipedia

A nação Choctaw ou Chacta vivia no que atualmente são os estados americanos de Alabama, Mississippi e Lousiana. Depois de uma série de tratados iniciados em 1801, os territórios dos índios estavam reduzidos a 45.000 Km². O Tratado de Dancing Rabbit Creek cedeu à União os antigos territórios selvagens. O Tratado foi ratificado em 1831.
Lewis Cass, Secretário da Guerra, foi indicado por George Gaines para gerenciar a remoção. Gaines decidiu que a remoção se daria em três fases, de 1831 a 1833: A primeira começou em 1 de novembro de 1831 com os grupos sendo reunidos em Memphis e Vicksburg. Inicialmente os índios Choctaws foram transportados em carroções, mas as nevascas do inverno dificultaram esse procedimento. Com a diminuição da comida, os moradores de Vicksburg e Memphis ajudaram e conseguiram cinco barcos a vapor (o Walter Scott, o Brandywine, o Reindeer, o Talma e o Cleopatra). O grupo de Memphis viajou pelo Arkansas por 95 km, entretanto, com a temperatura abaixando e os rios congelando, a viagem parou por semanas e a teve que ser racionada. Quarenta carroções do governo foram enviados à Arkansas Post e levaram os nativos para Little Rock. Foi ao chegar a esse local que o chefe Thomas Harkins ou Nitikechi disse ao jornal Arkansas Gazette que a remoção fora uma "trail of tears and death" (uma trilha de lágrimas e morte).
O grupo de Vicksburg teve um guia incompetente e se perdeu nos pântanos do Lake Providence.
Cerca de 15.000 Choctaws foram para o "Território Indígena". Entre 2.500 e 6.000 índios morreram durante a remoção. De 5.000 a 6.000 Choctaws permaneceram no Mississippi em 1831. Os Choctaws que escolheram ficar foram objeto de intimidação legal e perseguição. Os índios tiveram suas casas derrubadas ou queimadas e o gado debandado.
O filósofo francês Alexis de Tocqueville que testemunhou a remoção Choctaw em Memphis, em 1831, relatou:
Pairava no ar um sentimento de ruína e destruição, o fim dos atraiçoados e um inexorável "adieu"; ninguém poderia assistir aquilo sem sentir um aperto no coração. Os índios estavam quietos, sombrios e taciturnos. A um deles que falava inglês eu perguntei porque os Chactas estavam deixando suas terras. "Para ser livre," o nativo me respondeu. Nós... assistíamos era a expulsão .. de um dos mais famosos e antigos povos americanos.”

Alexis de Tocqueville

A Flórida foi adquirida pelo governo americano após o Tratado de Adams-Onís firmado com os espanhóis, tornando-se uma possessão em 1821. Em 1832 os Seminoles, nativos da região, foram chamados para um encontro em Payne's Landing no Rio Oklawaba, onde seria negociado o tratado da remoção dos índios para o Oeste. Eles deveriam ficar nas reservas Creek.
Os Seminoles pertenceram à tribo Creek originalmente, mas depois se separaram, sendo então considerados desertores pelos Creek. Devido a isso eles não queriam se mudar para o Oeste, pois certamente entrariam em conflito com sua antiga tribo.
A delegação de sete caciques que deveria inspecionar a nova reserva não deixaria a Flórida até outubro de 1832. Depois de percorrer a área e contatar os Creeks, os chefes assinaram o documento em 28 de março de 1833, aceitando as novas terras. Porém, ao retornarem à Flórida, muitos deles negaram o documento, dizendo que não o haviam assinado ou foram forçados a fazê-lo.
Os nativos da área do Rio Apalachicola acabaram sendo persuadidos e se foram para o Oeste em 1834. Em 28 de dezembro de 1835 um grupo de Seminoles e escravos fugidos emboscaram uma companhia do exército americano que tentava forçar a remoção dos Seminoles resistentes. De 110 militares apenas três sobreviveram, o que deu início a Segunda Guerra Seminole.
A Flórida começou a se preparar para a guerra. A milícia de St. Augustine pediu ao Departamento da Guerra 500 mosquetes emprestados e quinhentos voluntários foram reunidos pelo Brigadeiro General Richard K. Call. Os guerreiros índios percorreram fazendas e povoados, obrigando as famílias a fugirem para as cercanias dos fortes, cidades maiores ou saírem do território. O líder guerreiro Osceola atacou um trem de suprimentos, matando oito dos guardas da milícia e ferindo seis outros. A maior parte dos suprimentos foi recuperada pela milícia após uma luta, dias depois. Plantações de cana na costa sul do Atlântico, em St. Augustine foram destruídas e os escravos se juntaram aos Seminoles.
Os líderes guerreiros Halleck Tustenuggee, Jumper e os Seminoles negros Abraham e John Horse prolongaram a resistência nativa e enfrentaram o exército. A guerra terminou dez anos depois de iniciada, em 1842. O governo americano estimou ter gastado 20.000.000 de dólares com o conflito, uma soma astronômica para a época. Muitos índios foram forçados ao exílio para as terras Creek, ao Oeste do Mississippi; outros ficaram isolados nos Everglades. No fim, o governo desistiu de perseguir os cerca de 100 Seminoles que ficaram nos Everglades, deixando-os em paz.
Depois da Guerra de 1812, alguns líderes Muscogee como William Mclntosh assinaram tratados que cediam terras na Geórgia. Em 1814, com o Tratado do Fort Jackson, a Nação Creek seria dividida em facções, bem como todas as tribos do Sul.
Líderes Creeks amigáveis aos colonos americanos tais como Selocta o Grande Guerreiro, apelaram pela manutenção da paz ao presidente Andrew Jackson. Jackson endureceu as negociações com os resistentes e ignorou partes do Tratado de Ghent que beneficiavam as nações indígenas.
Em 12 de fevereiro de 1825, contrariando muitos nativos, McIntosh e outros chefes assinaram o Tratado de Indian Springs, que cedeu a maioria das terras Creek remanescentes na Georgia. Após o Senado americano ratificar o tratado, McIntosh foi assassinado em 13 de maio de 1825, por Menawa, um líder Creek.
O conselho Creek, liderado por Opothle Yohola, protestou junto ao governo americano, chamando o tratado de fraudulento. O presidente John Quincy Adams concordou em tornar nulo o tratado e um novo acordo foi assinado, o Tratado de Washington, em 1826.
Entretanto, o governador Troup da Georgia ignorou o novo documento e começou a pressionar os índios para que deixassem as terras. De início, o presidente Adams interveio com tropas federais, mas o governador chamou a milícia. Adams, temendo uma guerra civil, cedeu.
Forçados a sair da Georgia, os Creeks foram para o território Indígena. Cerca de 20.000 nativos dessa tribo permaneciam no Alabama. Então houve uma mudança da lei que obrigava os índios a se submeterem as regras do estado. Opothle Yohola apelou ao presidente Andrew Jackson por proteção no estado, sem sucesso. Então foi assinado o Tratado de Cusseta em 24 de março de 1832, que dividiu as terras Creek em assentamentos individuais. Com o tratado os Creeks poderiam vender seus assentamentos e conseguir dinheiro, inclusive para se mudarem para o Oeste. Especuladores de terras e aproveitadores começaram a expulsar os índios e a violência levou a chamada "Guerra Creek de 1836". O Secretário da Guerra Lewis Cass enviou o general Winfield Scott para colocar termo ao conflito e forçar a remoção dos índios para o Território Indígena ao Oeste do Rio Mississippi.
A partir da década de 1850, com toda a região dos 48 Estados contíguos nas mãos dos Estados Unidos, o governo federal passou a mover forçadamente tribos nativas americanas para pequenas reservas indígenas. No final da década de 1880, todas as tribos do país estavam confinadas dentro de reservas indígenas.



20 março 2013

Festival Nacional das Cerejeiras em Washington, EUA


Enquanto no Brasil celebramos a chegada do outono, o hemisfério norte entra em clima de primavera. Temperaturas agradáveis permitem sair de casa depois do inverno muitas vezes rigoroso, alegram e colorem as ruas e as vidas das pessoas que vivem lá.



O Festival Nacional das Cerejeiras (National Cherry Blossom Festival), que começa hoje, é a principal festa nacional da primavera, e celebra o aniversário das cerejeiras dadas de presente à cidade de Washington pelo Japão há 101 anos. O Festival atrai muitos visitantes todos os anos.





De 20 de março a 27 de abril, o Festival terá cinco semanas de eventos e programações gratuitas abertas ao público. As cerejeiras em plena floração enfeitam a paisagem em torno da Bacia das Marés, mas as comemorações vão além das áreas floridas, alcançando diversas regiões de Washington com entretenimento, eventos de arte e cultura, e muito mais que deixará o espírito social mais aflorado do que nunca. 





O Charry Blossom (florescer das cerejeiras) é um evento original do Japão que acontece entre os meses de março e maio, onde é celebrada a abertura das flores das cerejeiras ou Sakura que enchem de cor de rosa as ruas, parques e jardins do país. No Japão o evento chame-se Hanami.





Em 2012, quando o evento comemorou seu centésimo aniversário, no Japão e nos Estados Unidos da América, os governos designaram o Centenário como um evento oficial. Ambos os países criaram um selo. 






Também foi lançado um livro comemorativo intitulado Cherry Blossoms: The Official Book of the National Cherry Blossom Festival, que conta o Festival através dos anos.


Nota: Todas as imagens desse post foram buscadas na internet. Serão imediatamente retiradas do blog, caso algum autor assim deseje.