Sem dúvida, o que mais
nos impressionou durante nossa viagem à Tunísia foi El Djem, um anfiteatro
romano em ótimo estado de conservação se comparado com o de Roma. É o maior anfiteatro
romano na África e o quarto no mundo, depois dos de Roma, Cápua e Pozzuoli, mas
provavelmente o mais bem preservado de todos.
Vista aérea de El Djem |
Mais conservado e menos conhecido que o de Roma, o coliseu de El Djem é um dos pontos altos da visita à Tunísia e faz parte da lista de monumentos do Patrimônio Mundial.
Partimos de Hammamet em
uma excursão contratada com a Kate, nosso contato da Sunway na Tunísia,
com destino a Kairouan, mas antes
passamos pela pequena cidade de El Djem, a cerca 1h30m de Hammamet para
conhecermos o fabuloso Coliseu de mesmo nome.
O Anfiteatro de El Djem
ou Thysdrus Coliseum, como era chamado no século III localizado na antiga
cidade púnica de Thysdrus, fica a 210 km a sudeste da capital Tunes, entre
Sousse e Sfax.
Há época, Thysdrus era
a segunda cidade mais importante depois de Cartago, que atualmente as ruínas se
situam nos arredores da cidade de Túnis. Thysdrus naquela época combateu ao
lado do Império Romano na terceira guerra púnica (146 d.c.), o que foi uma sábia decisão, pois outorgou El Djem a condição de cidade livre após a queda de Cartago. Na
metade do século III converteu-se em colônia romana, e chegou a ser uma das
cidades mais ricas de África. Hoje em dia graças à sua tradição histórica e
cultural, à sua gastronomia típica, El Djem é uma das ofertas turísticas mais
concorridas da Tunísia.
Construído entre 230 e
238 a. C. pelo oficial Gordian, durante o reinado do imperador Maximino Trácio,
o anfiteatro podia acomodar 35 mil espectadores. Em 238 a construção parou
devido à morte de Gordian.
Esta obra ilustra a
grandeza da Roma Imperial e foi inscrito pela UNESCO, em 1979, na lista dos
locais ou monumentos que são Patrimônio da Humanidade.
O coliseu tem 148
metros de comprimento por 122 metros de largura, com uma altura de cerca de 35
metros e as pedras usadas para sua construção foram transportadas de Salakta, a
30 quilômetros de El Djem.
Parte da sua muralha
desapareceu em 1695, para pôr a descoberto os lugares de abrigo dos dissidentes
contra os otomanos. Tendo caído num estado de ruína, os seus blocos de pedras
foram usados para construir a atual cidade a volta do monumento. El Jem,
contribuindo também para a construção da Grande Mesquita de Kairouan. Mais
recentemente foi usado para filmar algumas cenas do filme "Gladiador".
Após um passeio pelas
arquibancadas, uma visita às catacumbas, antigas prisões nos subterrâneos e
jaulas de animais, permite conhecer de perto os bastidores dos tristes
“espetáculos” de lutas e competições do antigo Império Romano, mas a verdade é
que é bem impressionante estar no lugar onde gladiadores e feras esperavam para
subir à arena.
Uma visita ao
anfiteatro de El Djem nunca é completa sem subir ao ponto mais alto para
admirar a visão simplista do deserto e da cidade construída - com parte das
pedras e tijolos tirados do anfiteatro - sobre a antiga cidade romana que
guarda todos os tesouros de uma época de glória deste império, pois pouquíssimo
foi escavado.
Apesar dos ingressos de
todas as atrações que visitamos ao longo da excursão de dia inteiro estarem
incluídos no valor da excursão (45 dinars por pessoa ou 56 reais), é de praxe o
pagamento de 1 dinar na entrada dos monumentos para se fazer fotos (1 TND -
dinar ou 1,25 BRL – real para câmera). Entretanto o pagamento não é individual,
mas sim por pessoas que estejam juntas ou família.
Outras atrações
imperdíveis e a curta distância são as ruínas de um segundo anfiteatro anterior
a El Djem, escavado numa colina baixa; outro aglomerado de ruínas da cidade
romana, de grande interesse arqueológico e o museu, cuja entrada está incluída
no preço da visita ao Coliseu.
Coleção de estátuas romanas |
Mosaico da coleção do museu |
O museu de El Djem
possui um conjunto espetacular de mosaicos. Os mosaicos foram encontrados em um
sítio atrás do museu, onde foi o local luxuoso da antiga cidade. Alguns
mosaicos permanecem em seus locais originais, enquanto outros estão expostos no
museu.
De meados de Julho a
Agosto, o anfiteatro de El Djem converte-se num esplêndido cenário iluminado
para acolher o Festival Internacional de Música Sinfônica de El Djem. Os
concertos celebram-se à luz das velas e supõem um dos acontecimentos culturais
mais interessantes da Tunísia. Uma recordação inesquecível para a memória do
turista.
El Djem realmente mete o coliseu a um canto, apesar de muito mais pequeno a sua conservação é excelente e poder andar nas galerias e na arena como se fosse no tempo dos romanos vale bem a pena a viagem até lá. adorei suas fotos, também há tinha falado sobre ele no meu blog passe por lá. Sou grande fã do seu blog e tem dicas fantasticas em especial sobre veneza
ResponderExcluirLuffi, obrigada pelo elogio ao blog, pois é muito importante ter o referencial de que nosso trabalho está valendo a pena.
ResponderExcluirTive a sorte de visitar o coliseu de Roma dias depois que estive em El Djem, portanto, ficou bem claro que El Djem é um sítio arqueológico muito mais bem preservado, o que torna a visita muito mais intensa.
Visitei o seu blog, gostei muito e vou adicioná-lo a minha lista. Vou consulta-lo para umas dicas sobre Praga e Viena, meus próximos destinos para o final do ano. Seja sempre bem vindo!
Obrigado kátia, na realidade eu em Roma não cheguei a entrar no coliseu pois saberia que ia ficar decepcionado após a visita ao El Djem. Mas como ficou uma visita mais aprofundade para Roma logo se verá. Vai a Viena e Praga?? já estou com inveja são magnificas. pode me contactar para todas as dicas que quiser ok?
ResponderExcluirOi Luffi, Td bem?
ResponderExcluirVou com minha família no final do ano. Passaremos o Natal em Dublin, o Reveillon em Praga e vamos também a Budapeste, Viena e Paris. Como minha filha mora em Dublin, temos uma boa base para visitar a Europa. Com certeza seu blog vai me ajudar muito, mas não vou me acanhar em fazer contato com você! Qq coisa estou por aqui para ajudar no que puder! Abços