A
Itália é, de
fato, uma fonte inesgotável de cultura, arte e beleza, e mais um exemplo disso
é a Grande Sinagoga de Florença, também conhecida como Tempio Maggiore ou
Templo Principal.
Essa esplendorosa construção é, até hoje, considerada uma das mais belas da Europa. Sua cúpula de cobre, de cor esverdeada, está totalmente integrada à paisagem da cidade.
Grande Sinagoga de Florença |
Essa esplendorosa construção é, até hoje, considerada uma das mais belas da Europa. Sua cúpula de cobre, de cor esverdeada, está totalmente integrada à paisagem da cidade.
Construída para abrigar principalmente a comunidade sefaradita, a Grande Sinagoga, apesar de trazer sinais da influência mourisca, espanhola e portuguesa, é considerada um dos mais importantes exemplos da arquitetura mourisca, sintetizando com harmonia as características exóticas desse estilo. Inspirada na igreja bizantina de Hagia Sophia, em Constantinopla, foi projetada pelos arquitetos Marco Treves (judeu), Mariano Falcini e Vincenzo Micheli. Os três venceram um concurso organizado pelo Conselho Comunitário, em 1874, conquistando o direito de idealizar o templo na Via Farini, distrito de Santa Croce, próximo ao centro histórico.
A sinagoga foi
construída graças à verba doada por David Levi, membro da comunidade judaica.
Sua doação encerrou uma longa campanha de arrecadação de fundos, iniciada em
1840, em seguida à criação e destruição do gueto florentino. Levi queria que a
sinagoga de Florença estivesse à altura da beleza da cidade. A obra iniciou-se em 1874
e durou oito anos. A cerimônia de inauguração, em 24 de outubro de 1882, contou
com a presença de inúmeras personalidades, entre as quais, o rabino-chefe da
comunidade, Jacob Maroni.
O estilo arquitetônico da Grande Sinagoga reflete uma mudança no modo de vida e no pensamento da comunidade judaica da Europa durante o processo de emancipação. Depois da Revolução Francesa, em 1789, os judeus receberam gradativamente maiores garantias de seus direitos civis, podendo viajar e participar em diversas atividades socioeconômicas que até então lhes eram proibidas. Neste processo, procuraram maneiras de expressar essas transformações e as centenas de sinagogas suntuosas construídas na Europa ao longo do século XIX são um sinal inegável dessas mudanças e da necessidade dos judeus de serem, finalmente, aceitos como iguais pelos cidadãos dos países onde viviam.
O estilo arquitetônico da Grande Sinagoga reflete uma mudança no modo de vida e no pensamento da comunidade judaica da Europa durante o processo de emancipação. Depois da Revolução Francesa, em 1789, os judeus receberam gradativamente maiores garantias de seus direitos civis, podendo viajar e participar em diversas atividades socioeconômicas que até então lhes eram proibidas. Neste processo, procuraram maneiras de expressar essas transformações e as centenas de sinagogas suntuosas construídas na Europa ao longo do século XIX são um sinal inegável dessas mudanças e da necessidade dos judeus de serem, finalmente, aceitos como iguais pelos cidadãos dos países onde viviam.
Ladeado por um amplo jardim, o Tempio Maggiore
impressiona imediatamente os visitantes. Os relevos das portas têm motivos
geométricos e arabescos, como evidências concretas do estilo mourisco que
impregna todo o edifício. Os mosaicos e afrescos foram feitos por Giovani
Panti. Dividida em três alas, tem o seu centro na área onde está a Arca Sagrada
- o Hechal - decorada por arabescos feitos por Giacomo Del Medico e iluminada
pela luz da Chama Eterna. À esquerda, está o setor para o coral e, à direita, o
órgão. A parte inferior do templo é destinada aos homens e a superior, às
mulheres.
Ao sair da
sinagoga, à direita, o visitante encontrará o Museu Judaico de História e Arte.
Logo à entrada estão duas colunas de gesso, que representam o Monumento aos
Deportados. A peça original está atualmente em Jerusalém. O Museu está dividido
em dois setores, cujo objetivo é narrar a trajetória da comunidade judaica
através de uma perspectiva histórica. Uma miniatura de madeira reproduz o
antigo Gueto de Florença. Uma exposição de fotografias e achados arqueológicos
mostra imagens do dia a dia no gueto. O Museu abriga, também, uma coleção de
objetos religiosos e da vida cotidiana, entre os quais, instrumentos musicais,
trajes para a circuncisão, duas ketubot (contratos de casamento), livros de
rezas e outros.
Endereço
Via L.C. Farini 4,
50121 Firenze,
Italy
Tel: 39-055-2346654
Fax: 39-055-241811
Via L.C. Farini 4,
50121 Firenze,
Italy
Tel: 39-055-2346654
Fax: 39-055-241811
Entrada
Inteira: 6,50 Euros
Inteira: 6,50 Euros
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