Que
os Alpes suíços proporcionam visões de tirar o fôlego de onde quer que se olhe
para eles é ponto pacífico. Mas sempre dá para encontrar um ponto de vista
privilegiado – de preferência, no topo. E, quanto mais perto do céu, mais fácil
fica olhar para ele também. Jungfrau, com altitude de 4.158 metros, é uma
montanha dos Alpes Berneses, a Sul do cantão de Berna na zona do Oberland
bernês, dominando o vale de Grindelwald, na Suíça.
Jungfrau, vista a partir de Interlaken - imagem Wikipedia |
Do
mesmo maciço montanhoso fazem parte outros picos famosos como o Eiger -
com a sua famosa vertente norte - e o Mönch com altitude de 4.099
metros.
Jungfrau, vertente norte - imagem Wikipedia |
Ao
sul do Jungfrau fica o Grande Glaciar Aletsch, que com comprimento de quase
24 km e área de 118 km² é o maior e mais longo dos Alpes e da
Europa.
Glaciar Aletsch - imagem Wikipedia |
Hoje
a subida é facilitada pela existência de uma cremalheira, o Jungfraubahnque,
que circula pelo interior da montanha até à estação de Jungfraujoch a 3.454
metros, a mais alta da Europa.
Pode
ainda subir-se por ascensor mais 117 metros até ao centro de investigação
e terraço panorâmico de Sphinx, o edifício construído na maior altitude do
continente europeu, a 3571 metros, visitado por milhares de turistas que gozam
vistas panorâmicas soberbas durante todo o ano.
Jungfraujoch, observatório Sphinx - imagem Wikipedia |
O
Jungfrau faz parte do sítio classificado como Patrimônio da Humanidade pela Unesco "Jungfrau-Aletsch-Bietschhorn",
declarado em 13 de dezembro de 2001.
Vista de Eiger, Mönch, Jungfraujoch (centro a direita) e Jungfrau - imagem Wikipedia |
O
Jungfrau é a terceira mais alta montanha dos Alpes Berneses após o Finsteraarhorn e
o Aletschhorn, respectivamente a 12 e 8 km de distância. Visto o
conjunto do lago Thun, ou de grande parte do Cantão de Berna, é a mais visível
e mais próxima das montanhas do Oberland bernês. As vertentes setentrionais,
extremamente inclinadas, dão-lhe uma mítica reputação de inacessibilidade.
A
viagem começa na ferrovia de Interlaken, cidade aos pés do Jungfrau, sendo
feita uma troca de trem no pequeno povoado de Lauterbrunnen. Durante a viagem,
o cenário visto pelas janelas é de sonhos: chalés típicos, pastos verdejantes,
vacas com os típicos sinos dourados e, cobrindo todo o horizonte, a presença
imponente das montanhas cobertas de neves eternas.
O
penúltimo ponto chama-se "Kleine Scheidegg", na realidade uma bonita
estação de esqui que, por estar a 2.320 metros acima do nível do mar, quase
sempre está coberta de neve. Nesse local os turistas saltam e têm o primeiro
choque ao vislumbrar o contraste do céu azul com o sol batendo na montanha
Jungfrau.
Estação de esqui Kleine Scheidegg |
A
viagem continua através de uma linha especial de trem que os levará até o cume.
Para subir a imensa parede, a locomotiva e as composições são do tipo
"cremalheira", uma linha ferroviária com trilhos dentados utilizados
em subidas muito íngremes e fortes, no qual engrenam as rodas motrizes, também
dentadas, das locomotivas.
A
linha especial de trem, gerida pela companhia "Jungfraubahn", foi
inaugurada em 1912. A obra necessitou dezesseis anos de construção. Os
operários e engenheiros, suíços e imigrantes, trabalharam nas mais adversas
condições climáticas, com temperaturas médias de 8 graus negativos e correndo
riscos provocados pelos raios, avalanches de neves e ventos com até 250 km/h de
velocidade, para criar um caminho de 12 quilômetros, abrir o túnel de sete
quilômetros e montar a estação.
Hoje em dia, o Jungfraujoch é um complexo moderno que inclui não apenas as duas paradas panorâmicas cravadas na pedra da montanha, mas também a estação com restaurantes, lojas, correio, museu e também instalações científicas como observatório, estações meteorológicas e de pesquisa.
Hoje em dia, o Jungfraujoch é um complexo moderno que inclui não apenas as duas paradas panorâmicas cravadas na pedra da montanha, mas também a estação com restaurantes, lojas, correio, museu e também instalações científicas como observatório, estações meteorológicas e de pesquisa.
Anualmente,
meio milhão de turistas, mais da metade originários de países asiáticos, pagam
até 172 francos suíços (US$ 131) para o trajeto entre Interlaken e o
Jungfraujoch. Diariamente, os trens carregam até quatro mil passageiros que
desfrutam de um terraço com vista de 360 graus para o abismo, incluindo o
glacial Aletsah.
Ao chegar na estação final, os turistas recebem o ar frio dos Alpes. Diversas
placas mostram os caminhos a seguir. O Jungfraujoch é, na realidade, um
complexo cravado dentro da rocha e do gelo.
Uma das primeiras paradas é o "Palácio de Gelo", uma galeria de túneis e câmaras escavadas diretamente na geleira do Aletschgletscher que, nos seus 24 quilômetros de comprimento, é a maior dos Alpes. Passear por ela é como estar num congelador. Porém mesmo as temperaturas abaixo de zero não tiram o ânimo dos turistas, sobretudo pelas estátuas esculpidas no gelo.
O
passeio leva em média cinco horas. Como pontos de observação, o complexo alpino
oferece uma plataforma, onde o cume das montanhas pode ser mais bem observado,
e o "Sphinx", um prédio localizado a 3.571 metros acima do mar, o
ponto mais alto do Jungfraujoch. Ele abriga não apenas a plataforma utilizada
pelos turistas para tirar fotos, mas também um observatório especializado em
astronomia, astrofísica e observação das radiações cósmicas.
Ao
descer de elevador da estação "Sphinx", os turistas atravessam um
túnel que os leva para fora da montanha. Lá eles podem caminhar durante 45
minutos por cima da geleira até alcançar um abrigo de montanhas, também o mais
alto da Suíça.
O
passeio parece fácil, porém em poucos minutos a maior parte das pessoas desiste, pois o ar
rarefeito cansa muito mais rápido.
Os
poucos que alcançam o abrigo descobrem um lado mais folclórico da Suíça, sem a
"high-tech" do Jungfraujoch. No seu interior, o pequeno restaurante
lembra um chalé alpino e serve de descanso para alguns guias de montanha, que
depois das caminhadas, sentam-se para tomar um bom prato de sopa.
Apesar
da paisagem insólita, a plataforma esbanja infraestrutura. O edifício conta
também com quatro laboratórios, pavilhão para pesquisa de raios cósmicos,
estação de observação meteorológica com telescópio, dois terraços para
experimentos científicos e um astronômico, oficina mecânica e biblioteca, além
de alojamento para os pesquisadores. E, claro não poderia faltar restaurantes,
lojas, museu e até correio. Afinal, quem não gostaria de mandar um
cartão-postal do topo da Europa?
Jungfraujoch
Harderstrasse 14
3800 Interlaken
Tel. +41 (0) 33 828 72 33
info@jungfrau.ch
Harderstrasse 14
3800 Interlaken
Tel. +41 (0) 33 828 72 33
info@jungfrau.ch
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