06 setembro 2011

Dublin - Conhecendo um pouco da história


Dublin foi fundada pelos vikings que a dominaram até 1170, foi elevada a categoria de cidade quando estes a transformaram em capital de suas colonias.


As primeiras escritas sobre a cidade foram feitas no ano de 140 d.C pelo astrônomo grego Ptolomeu, que a chamou de Eblana Civitas - esse nome é bem próximo de Dublin (compartilham b,l e n), mas não há certeza sobre a influência do nome Eblana sobre o atual. Isso garante que Dublin é uma cidade com pelo menos dois milênios de tradição, mas provavelmente ela exista há mais tempo que isso.

Em 1171, após a tomada de Dublin pelos ingleses, que a mantiveram sob domínio da coroa britânica até o século XX, muitos dos descendentes dos vikings noruegueses deixaram a parte mais antiga da cidade e foram viver ao sul do rio Liffey. A população da cidade era na maioria composta por colonos ingleses e do País de Gales. A representação oficial da Inglaterra era centrada em um sumtuoso castelo (Dublin Castle), e a cidade também era sede do parlamento Irlandês. Importantes construções desta época são: St Auden's Church, St Patrick's Cathedral e Cristchurch Cathedral. O que restou das muralhas vai de St. Auden´s até Cook Street (Rua Cook).


No início do século X duas colônias co-habitavam a cidade. Os vikings que viviam na chamada Dubh Linn (ou Dyflin), que ficava na atual Wood Quay e os céltas, que viviam em Áth Cliath, região da cidade mais distante do rio.

Dublin e seus habitantes sofreram profundas transformações provocadas pelas revoltas irlandesas dos sécs. XVI e XVII. Eles viram a finalização da primeira conquista inglesa sob a Dinastia Tudor. As antigas comunidades inglesas de Dublin e Pale, embora estivessem felizes com a conquista e desarmamento dos nativos irlandeses, ficaram perturbados pela reforma protestante em curso na Inglaterra e que atingia a quase todos os Católicos Apostólicos Romanos do país. 







Protestantes se tornaram maioria em Dublin na década de 1640, quando milhares deles foram para lá fugindo da Revolução Irlandesa de 1641. Na década de 1650, depois da conquista do vingativo Cromwell (monarca inglês) sobre a Irlanda, católicos foram banidos da cidade. Ironicamente, essa discriminação religiosa fez com que a velha comunidade inglesa do local abandonasse suas raízes inglesas e se colocasse como parte da população nativa da Irlanda, assim continuavam católicos. No início do século XVII os ingleses tinham estabelecido o controle e impuseram o duro código penal à maioria católica da população irlandesa. Em Dublin, os protestantes prosperaram. Ao final do século XVII, Dublin era capital do Reino da Irlanda, conduzida pela minoria protestante da "Nova Inglaterra", porém mais pacífica e próspera do que em qualquer outra época de sua historia.








Em termos de disposição das ruas, se assemelhava a Paris. Ficou assim após um extenso trabalho de reordenamento urbano. Uma comissão especial foi feita para planejar o alargamento das ruas. Várias ruas foram demolidas para serem construídas outras no estilo Georgiano. Entre as ruas famosas que serviram a essa tendência estavam Sackville, Dame, Westmoreland e D'Olier. Cinco quarteirões foram também projetados: Rutland Square (atualmente chamado de Parnell Square), Mountjoy Square na zona norte, Merrion Square, Fitzwilliam Square e Saint Stephen's Green Park, todos ao sul do Rio Liffey.
Inicialmente as residências mais ricas fiavam na zona norte, em lugares como Henrierra Street e Rutland Square. A decisão do Conde de Kildare (primeiro cavalheiro da Irlanda, depois tornado duque de Leinster) de construir sua nova casa na cidade, Kildare House (posteriormente rebatizada de Leinster House) na zona sul, fez com que a elite da cidade também procurasse casas na zona sul.
Apenas uma área medieval da zona norte, chamada de Temple Bar, localizada entre Dame Street e o rio Liffey, sobreviveu a esse processo de remodelagem urbana. Essa área ficou conhecida como a Dublin Georgiana (Georgian Dublin).
Ainda na era Georgiana, foi tomada uma importante decisão arquitetônica: As casas perto do cais teriam que ter a fachada voltada para o cais. Essa decisão perdura até hoje e colabora com a beleza de Dublin.







Até 1800 a cidade foi sede de um parlamento independente (ainda que exclusivamente anglicano), o parlamento irlandês. E foi durante esse período que muitos dos grandes prédios georgianos foram construídos. Em 1801, sob o Ato de União da Irlanda, que anexou o reino da Irlanda ao da Grã-Bretanha, para formar o Reino Unido da Grã-Bretanha, o parlamento Irlandês foi extindo e Dublin perdeu sua influência política.







Enquanto o crescimento da cidade continuava, ela sofreu perdas financeiras relacionadas ao fim do parlamento e mais diretamente ao fim da renda dos servos do parlamento e de toda a corte do vice-rei da Irlanda que residia no Castelo de Dublin.
Em poucos anos, muitas mansões, como Leinster House, Powerscourt House e Aldborough House, pertencentes a membros do reino que gastavam muito tempo na capital, foram vendidas. Muito da parte georgiana da cidade se converteu em favelas.


Em abril de 1916 estourou na cidade o levante de Sinn Fein, movimento em favor da independência da Irlanda. Diversos edifícios públicos caíram nas mãos dos nacionalistas e os combates entre estes e as tropas do Reino Unido duraram uma semana. Em 1922, depois do tratado ratificado pelo Parlamento britânico, Dublin tornou-se capital da Irlanda livre.

Na década de 1960 Dublin passou por um gigantesco processo de restauração. Hoje é uma cidade de tanto glamour quanto as maiores capitais europeias. O declínio das indústrias tradicionais da cidade (bebidas, alimentos e tecidos) e da atividade portuária, foi compensado pela criação do International Financial Services Centre, com vistas ao surgimento do mercado unificado europeu. 

Como capital da Irlanda, representa um pais que emergiu muito nos últimos 30 anos, sendo uma das 20 maiores economias do mundo. Dublin é uma cidade que respeita o patrimônio histórico, mas ao mesmo tempo, permanece ligada às tendências da modernidade. Tudo isso mantendo um padrão sócio econômico de país desenvolvido.

A cidade é governada pela Câmara Municipal de Dublin, que está sedeada em dois grandes edifícios. As Reuniões do Conselho têm lugar na sede da Câmara Municipal, a antiga Royal Exchange, retomado para uso do governo da cidade em 1850. Muitos dos seus funcionários administrativos estão sedeados na controversa Civic Offices em Wood Quay.

De cidade que exportou muitas das mãos que construíram a América do Norte, Dublin converteu-se em cidade que recebe imigrantes de toda parte, retribuindo ao mundo a oportunidade que seus imigrantes tiveram em outros países.


Fotos retiradas do site: http://en.wikipedia.org/wiki/History_of_Dublin

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